28 Oct
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Um dos procedimentos mais queridinhos e procurados nas clínicas estéticas é a toxina botulínica do tipo A, mais conhecida pelo nome de sua marca que mais se popularizou: o Botox. 

Um dos principais motivadores das pessoas procurarem este tratamento são as rugas da testa (de espanto), da glabela (de preocupação), no nariz (linhas do coelhinho) e ao redor dos olhos (pés de galinha). 

A maioria dos clientes acredita piamente que a toxina pode ser a solução de todos os problemas nas alterações provocadas pelo envelhecimento na face, o que não é, nem de longe, uma verdade. 

A toxina age relaxando os músculos da face que, ao se contraírem, arrastam a pele nas expressões faciais, formando assim, as rugas, que inicialmente são dinâmicas, ou seja, só aparecem durante a contração na expressão facial, mas, posteriormente, tornam-se estáticas, isto é, mesmo sem fazer a expressão, as rugas estão ali. 

As rugas se formam a partir da força muscular, porque a pele está afinando, devido à perda de suas inúmeras propriedades nobres, dentre elas, o colágeno, a elastina e o ácido hialurônico. 

Contudo, para que se faça uma excelente aplicação de toxina na face, o profissional precisa dominar os vetores de tração dos músculos, tendo pleno entendimento de como se refletem na face. 

Nesse sentido, o músculo orbicular dos olhos, responsável pelos indesejáveis “pés de galinha”, é um músculo grande, que se estende em toda área ao redor dos olhos, estando abaixo das sobrancelhas, no canto interno do nariz, em boa parte do malar e em parte da têmpora. 

Ele possui duas porções diferentes: a orbital e a palpebral. A porção orbital é a que forma os “pés de galinha” e a porção palpebral é a que forma as ruguinhas próximas à linha d’água dos olhos e é responsável pelo fechamento das pálpebras. 

Cada uma dessas porções realiza sentidos diferentes de movimento. 

Importante dizer que, no cenário do envelhecimento, os músculos perderão massa (sarcopenia), mas, o que restar deles ganhará rigidez. Acredita-se que isso aconteça para segurar contra a força da gravidade, a queda dos tecidos moles (gordura e pele) que estão acima deles, dos músculos. 

Assim, relaxar a porção orbital do músculo orbicular dos olhos que ajuda a puxar a pele que já está muito flácida na região abaixo e mais para fora (lateral) das órbitas é provocar a queda dessa pele em direção ao canto interno dos olhos, formando bolsas inestéticas que nem drenagem linfática facial tira enquanto a toxina estiver fazendo efeito. 

Por esse motivo, a toxina é inadvertida a pacientes que tenham muita flacidez ao redor dos olhos. 

Espero que tenham gostado! Até a próxima! 


Por Dra. Luciana Rabelo Amorim


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